sábado, 21 de março de 2009

Plutão tem atmosfera "de cabeça para baixo"?

Acordei hoje pela manhã e vendo as notícias via internet antes de tomar o café me deparei com esta.
Não que eu seja um cientista, menos ainda um fanático por ficção (apesar de gostar muito e SER um fanático por ficção), mas existem coisas que quando batem nos nossos olhos não deixam de chamar a atenção.
Aqui da terra, um grupo de homens criarem máquinas que possam observar um planeta a anos-luz de distância do nosso não deixa de ser algo interessante, ou digo mais: algo fascinante.
A cada dia existem transformações na ciência, anexos e mudanças tão sutis que passam despercebidas na nossa vida e nós acabamos esquecendo o quão bizarro (no bom sentido da palavra, por favor) isso pode ser. 
Por exemplo, estamos tão acostumados com a internet nas nossas vidas que deixamos de lado o fato de MIM estar 
digitando algo na minha casa e VOCÊS em qualquer lugar do mundo que saiba ler em português e que tenham o azar de cair aqui possam se ler este arquivo e me responderem.
Sem querer mencionar mas já mencionando (como qualquer um que tenha nascido nos anos 80), quem sabe um dia 
estaremos andando em carros voadores e vivendo como os Jetsons ou até mesmo morando na lua (O.o)?





KER THAN

Estados Unidos


20 de março de 2009
National Geographic



Plutão, o corpo celeste mais excêntrico do Sistema Solar, tem uma atmosfera que fica de cabeça para baixo se comparada à da Terra. As temperaturas sobem, em lugar de cair, com a altitude, no planeta anão, de acordo com um novo estudo.

Astrônomos conseguiram recentemente realizar as medições mais precisas já obtidas quanto à concentração do metano, um dos gases causadores do efeito-estufa, na atmosfera de Plutão, utilizando um telescópio de grandes dimensões do Observatório Meridional Europeu.

As medições demonstraram que o metano é o segundo mais abundante dos gases na atmosfera de Plutão, e que o gás na verdade sobe de temperatura à medida que a altitude se eleva com relação à gélida superfície plutônica. Como resultado, as camadas mais elevadas da atmosfera de Plutão são cerca de 50 graus mais quentes que a superfície do planeta.

A equipe de astrônomos, comandada pelo francês Emmanuel Lelouch, do Observatório de Paris, especula que é possível que exista uma fina camada congelada, ou porções congeladas, de metano e de outros gases na superfície de Plutão.

Quando a órbita de Plutão o conduz para mais perto do sol, os gases congelados se vaporizam. O processo, conhecido como sublimação, resfria a superfície de Plutão e aquece a atmosfera do planeta.

Leslie Young, é subdiretor científico de projeto da sonda New Horizons, da Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), que deve entrar em órbita em torno de Plutão por volta de 2015. Young disse que a nova descoberta é animadora, especialmente porque indica a possibilidade de futuras observações inesperadas pela New Horizons. "Sabemos agora que Plutão muda com o tempo, à medida que se desloca em torno do Sol", disse Young.

Assim, combinar observações realizadas da Terra com dados obtidos pela New Horizon em órbita do planeta anão oferecerá novas pistas sobre o comportamento desse corpo celeste. As descobertas foram anunciadas em artigo publicado pela revista científica Astronomy and Astrophysics Letters.

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